segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ratzel



Geógrafo alemão, nascido em 1844 e falecido em 1904, exerceu a docência desta disciplina na Universidade de Lípsia. Influenciado pelas conceções darwinistas sobre a seleção das espécies, trouxe para a geografia uma visão mais dinâmica, construída sobre uma nova corrente - o determinismo geográfico. Segundo os princípios desta corrente, o Homem vive sujeito aos fatores do meio físico, apresentando-se as diversas culturas como o resultado das condições do meio. Estes princípios, estendendo-se, mais tarde, ao campo político, constituíram argumentos utilizados para apoiar o expansionismo alemão.Em Antropogeografia, a sua obra mais marcante, considerada o primeiro estudo de geografia humana, apresenta os princípios da corrente determinista e esboça o nascimento de uma nova disciplina - a Ecologia.

Imperialismo , Gobineau e Racismo !

  • as diferenças entre os colonialismos do século XVI e os do século XIX.
  • as justificativas e formas do imperialismo do século XIX; o darwinismo social, o desenvolvimento capitalista e o imperialismo direto e indireto;
  • os principais impérios do século XIX: Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha;
  • a Conferencia de Berlim e suas conseqüências: aumento dos conflitos nas regiões dominadas e entre as potências européias.
Gobineau – “Ensaio sobre as desigualdades das raças humanas”
Está obra procurou sustentar as superioridades raciais européia durante a expansão imperialista no século XIX.
“L’ Emigration au Brésil”.
Incentivava os franceses a vir para cá; diminuição gradual da população brasileira miscigenada em 270 anos.
Gobineau, não era o único a defender a superioridade dos europeus brancos, trata-se de um conceito de evolução linear. Os europeus eram o ápice, desprezando as culturas dos povos dominados, provando sua inferioridade, com argumentos biológicos influenciados por Darwin e econômico de Adam Smith.
Os povos dominados pelos europeus ou que viviam à sua margem estariam, segundo essas ideias, em etapas anteriores da evolução.
  • Há alguma relação entre a constituição étnica dos brasileiros e o subdesenvolvimento do país?
  • Quais os argumentos para justificar, positivamente, a pergunta anterior?
  • Quais os argumentos para justificar, negativamente, a primeira pergunta?
  • Qual a relação entre o texto de Gobineau e a imigração européia no Brasil?
Estas teorias racistas do século XIX vieram para justificar o domínio de áreas “menos desenvolvidas” e influenciar a imigração européia para o Brasil.
Temos de ter uma postura de tolerância, pois como vemos hoje no Brasil a diversidade étnica não segue a Teoria de Gobineau, e sim uma diversidade cada vez maior, tanto cultural como artístico.

Cesare Lombroso



Lombroso nasceu numa abastada família de Verona e formou-se em Medicina na Universidade de Pavia, no ano de 1858 e, no ano seguinte, em Cirurgia, na Universidade de Gênova, partindo depois para Viena, onde aperfeiçoa seus conhecimentos, alinhando-se com o pensamento positivista.
Desde os vinte anos demonstra a sua linha de interesses, com um estudo sobre a loucura. Servindo como oficial-médico, publicou em 1859 estudo sobre os ferimentos das armas de fogo, considerado um dos mais originais. Suas observações voltaram-se, logo, para as preocupações antropológicas.
Estas observações desenvolvem-se num curso, que inicia em Pavia, de psiquiatria. Passa a analisar as possíveis influências do meio sobre a mente, ideias que num primeiro momento alcançam sucesso e, depois, desconfiança. Dirige o manicômio de Pádua de 1871 a 76, ano em que é aprovado para a cadeira de Higiene e Medicina Legal da Universidade de Turim.
Também em 1876 publicou sua primeira obra sobre criminologia, onde faz-se presente a influência da "frenologia": "O Homem Delinqüente".
Em meio a suas pesquisas sobre a mediunidade inicia primeiro tentativas para estudar o fenômeno sob o aspecto positivista de comprovação factual - tal como noutras partes fizeram outros cientistas da época, vários deles imbuídos dos ideais positivistas - e ao final conclui pela comprovação científica da doutrina e fenômenos estudados. Torna-se então um defensor do Espiritismo na Itália de seu tempo, como o fizeram várias correntes do movimento positivista da época.
Suas obras abrangem diversas áreas como antropologia, sociologia criminal, psicologia, criminologia, filosofia e medicina. Os estudos por ele realizados ficaram conhecidos como antropologia criminal.

Conflitos . . Século XX e XXI



1ª Guerra Mundial
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século
XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países
estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África,
ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado
de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam
explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser
considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência
comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados
consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as
nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo.
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do
império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As
investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos
Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o
final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram.
De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império
Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do
outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França,
Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de
batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas
tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os
homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas
como empregadas. Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância :
a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice
Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com
Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da
Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o
Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A
Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a
região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia
Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O
Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da
Segunda Guerra Mundial.

2ª Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos.
Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se
iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica
no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma
das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a
industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e
equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios
para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos
expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes
características militares e com planos de conquistas elaborados em comum
acordo.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão de Hitler
invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à
Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época,
formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e
Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte
Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de
25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante
vitória ao lado dos Aliados que sagraram-se vitoriosos no conflito.
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a
rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de
rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou
bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação
desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses
inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Conflitos Atuais
África
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas
variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente
étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola,
Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito freqüentes na África
Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século,
estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação em
face de poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia
majoritária.
Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que dilacerou
completamente o país. Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e
produziu cerca de 700 mil refugiados. Cifra semelhante pode ser verificada na
vizinha Serra Leoa. A situação não é muito diferente em países como o Chade ou
Sudão. Enfim, são vários e vários conflitos sem perspectivas imediatas de
pacificação. Acordos e negociações têm sido tentados, mas sem muito sucesso.
Talvez Angola possa se transformar numa exceção, face a mais uma tentativa de paz
(a última?) acordada entre o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), no
governo, e o seu arquirival, a União Total para a Libertação de Angola (UNITA),
organização que durante muitos anos recebeu apoio dos EUA e do criminoso regime
do apartheid sul-africano.

Nacionalismos Europeus
Frequentemente a Europa nos é apresentada como uma região de grande
estabilidade política a um passo da integração supranacional. Os conflitos
territoriais e étnicos da ex-União soviética e da ex-Iugoslávia, seriam, por si sós,
suficientes para desmistificar a tese de que as reivindicações separatistas e
irredentistas estão circunscritas à região do chamado Terceiro Mundo. Mas não é
somente nestas ex-repúblicas que ocorrem manifestações independentistas. Na sua
parte ocidental, não são poucas as nações que, sem dispor de um Estado
constituído, enveredam pelo caminho da luta pelo direito à autodeterminação e à
independência.
O projeto da União Européia(UE), bloco internacional de poder contraposto aos
seus concorrentes da América do Norte e da Ásia, vem esbarrando cada vez mais
com a revitalização de antigas reivindicações autonomistas e independentistas, a
par da emergência de novos movimentos nacionalistas. Apesar dos esforços
estatais em direção a uma futura união política da Europa (Euronação),
subsequentemente a união econômica e monetária em curso, ressurgem, com vigor,
movimentos nacionais em defesa da identidade social e cultural de diferentes povos
e nações.
São inúmeros os movimentos nacionalistas que surgiram (ou ressurgiram) na
Europa nos últimos anos. A sua maioria está sustentada por pressupostos
ideológicos progressistas, mas não estão excluídas pequenas formações de corte
fascista e xenófobo. Felizmente, esta tendência é minoritária e praticamente nula
nos principais movimentos nacionalistas e independentistas.
As farc
Organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária
marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas
deguerrilhas. Lutam pela implantação do socialismo naColombia. As FARC são
consideradas organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos
Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos de outros países
latino-americanos governados por presidentes de esquerda, como Equador[8],
Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O presidente
Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou
à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas
enquanto “força beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a
renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra.
Afeganistão
A invasão soviética aconteceu em 1979, ocasionando um boicote ocidental dos
Jogos Olímpicos e o financiamento de grupos radicais armados islâmicos pelos
Estados Unidos da América. Os Mujahaidin eventualmente conseguiram forçar a
retirada dos soviéticos, no que constitui a mais humilhante derrota militar soviética
e um fator considerável na dissolução do comunismo soviético.
Mais recentemente, a invasão estado-unidense de 2001 foi uma alegada tentativa de
capturar Osama bin Laden, o terrorista acusado pelo governo dos Estados Unidos
dos ataques de 11 de Setembro. Apesar dos EUA não terem capturado bin Laden,
conseguiram destituir o governo islamista radical dos Taliban. Os líderes Taliban
sobrevivem escondidos, e, com outras facções, mantêm a situação instável no
Afeganistão com ataques terroristas esporádicos e tomada de reféns.

Iraque
Há duas décadas, os Estados Unidos tentavam se aliar a Saddam Hussein; na década
passada, erguiam uma coalizão com 33 países para destruí-lo. Assim, uma relação
que começou com perspectivas de ampla cooperação e proximidade política tornouse
o principal confronto internacional dos dias atuais. Os americanos tentaram
encerrar o ciclo em 2003, com Saddam derrotado e seus militares a cargo da
reconstrução do país.
A aproximação entre EUA e Iraque na década de 80 foi idealizada pelo governo de
Ronald Reagan e seu vice, George Bush. Na avaliação deles, o Iraque e seu novo
líder Saddam poderiam simbolizar um novo tipo de estado árabe, moderado e
alinhado com o Ocidente. Os americanos colaboraram com o Iraque na guerra
contra o vizinho Irã, país que viu radicais islâmicos anti-EUA tomarem o poder.
Na metade da década de 80, Reagan enviou um de seus aliados políticos, Donald
Rumsfeld, para Bagdá. Sua missão era conversar com Saddam e melhorar a relação
entre os países. Alguns anos depois, Rumsfeld fazia parte de equipe de governo que
participou da Guerra do Golfo. Em 2002, como secretário de Defesa, tornou-se um
dos principais defensores da nova guerra contra Saddam, que culminou mais tarde
com sua captura, julgamento e execução.

Revolução Russa




 
Em 07 de novembro de 1917, as forças bolcheviques, constituídas por soldados e operários armados tomaram o poder. Além disso foram eliminados os latifúndios, declarado o monopólio estatal do sistema financeiro e do sistema de crédito e das exportações. Estava formado o primeiro estado socialista.
 
ARússia antes de 1917
Em 1894, subiu ao trono russo o czar Nicolau II. Desde o século XVI, o país era uma monarquia absolutista. A nobreza era proprietária de 25% das terras cultiváveis do país, e a grande maioria da população - mais de 80% - estava ligada direta ou indiretamente à terra.
As condições de vida da maior parte dos camponeses eram péssimas. Em geral, eles habitavam moradia precária e sem ventilação. Alimentavam-se basicamente de pão preto, batata e torta de farinha de milho. Nas aldeias raramente havia escolas, e a maior parte da população era analfabeta.
No plantio e na colheita eram usados instrumentos agrícolas antigos, como o arado de madeira e a foice. Apenas em algumas grandes propriedades adotava-se uma tecnologia moderna, que permitia o aumento da população.
Nas cidades, a vida não era muito diferente da do campo. Em 1838, uma investigação feita pelo Conselho Municipal de Moscou, abrangendo milhares de casas dessa cidade, mostrou que grande parte da população vivia em péssimas habitações:
"... As escadas que conduzem aos sótãos, onde o povo reside, estão cobertas de toda espécie de imundície. As próprias habitações estão quase cheias de tábuas sujas sobre as quais se estendem colchões de palhas pestilentos, tendo os cantos tomados pela porcaria. O cheiro é desagradável e asfixiante".
Com uma economia essencialmente agrária, a Rússia tinha poucas indústrias; a maior parte dela pertencia a proprietários estrangeiros, principalmente franceses, ingleses, alemães e belgas. No começo do século XX, um russo descrevia assim as condições de vida dos operários:
"Não nos é possível ser instruídos porque não há escolas, e desde a infância devemos trabalhar além de nossas forças por um salário ínfimo. Quando desde os 9 anos somos obrigados a ir para a fábrica, o que nos espera? Nós nos vendemos ao capitalista por um pedaço de pão preto; guardas nos agridem a socos e cacetadas para nos habituar à dureza do trabalho; nós nos alimentamos mal, nos sufocamos com a poeira e o ar viciado, até dormimos no chão, atormentados pelos vermes..."

Um clima explosivo
Os problemas internos da Rússia se agravaram ainda mais após a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A origem do conflito foi a disputa entre os dois países por territórios na China e por áreas de influência no continente. A derrota ante os japoneses mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o czar Nicolau II. Começaram a ocorrer greves e movimentos reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.
Num domingo de janeiro de 1905, trabalhadores de São Petersburgo, então capital do Império Russo, organizaram uma manifestação para entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e melhores salários. Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas, entre elas crianças e mulheres, dirigiu-se ao Palácio de Inverno, residência do czar. As tropas do governo, que estavam de prontidão, receberam os manifestantes com tiros de fuzil.
O incidente, que ficou conhecido como Domingo sangrento, provocou conflitos em toda a Rússia.
Tentando diminuir as tensões sociais, o czar criou a Duma, espécie de Parlamento. Contudo, os deputados eleitos das quatro primeiras dumas foram de tal maneira pressionados pelo czar que pouco puderam fazer.
Esse ambiente contribuiu para a difusão e a aceitação das idéias socialistas - sobretudo as elaboradas pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels - entre os movimentos sociais russos. Assim, essas idéias se tornariam a base da Revolução Russa.
Em 1905, surgiram os sovietes de trabalhadores, conselhos que se encarregavam de coordenar o movimento operário nas fábricas. Os sovietes teriam papel decisivo na revolução de 1917.

Oinício da Revolução
Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império Russo e diminuir a insatisfação popular.
No entanto, o fato acentuou o descontentamento e precipitou o processo revolucionário. A guerra agravou a situação econômica e social do país. Os soldados, mal-armados e mal alimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu 4 milhões de pessoas.
Em 1915, o czar Nicolau II decidiu assumir pessoalmente o comando do Exército, deixando o governo nas mãos de sua esposa, a Imperatriz Alexandra, e de Rasputin, um monge que agia como conselheiro do czar.
Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves. Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do Império pedindo pão e o fim da guerra. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico.
A polícia e o exército, agora ao lado dos manifestantes, não reprimiram o movimento. Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído, chefiado pelo príncipe George Lvov. Esse governo, dominado pela burguesia russa, decidiu continuar na guerra, com planos de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.
A população russa, porém, discordava dessa orientação. O governo, sem controle de seus exércitos, não tinha forças para impedir as deserções dos soldados. Havia ainda a constante elevação dos preços dos gêneros alimentícios, contra a qual o governo nada conseguia fazer.
Nesse momento, grupos revolucionários já desenvolviam intensa atividade nas cidades, reativando os sovietes de trabalhadores, com o objetivo explícito de tomar o poder.
A ofensiva do novo governou contra a Áustria-Hungria fracassou. Isso agravou ainda mais a situação e provocou uma grande manifestação no dia 17 de julho de 1917, na capital do Império. Era o fim do governo provisório de Lvov, substituído por Alexander Kerenski.
Naquele momento, três grupos e três diferentes propostas políticas se defrontavam pelo poder:
* O Partido Democrático Constitucional, partido da burguesia e da nobreza liberal, favorável à continuação da guerra e ao adiamento de quaisquer modificações sociais e econômicas.
* Os bolcheviques - maioria, em russo -, que defendiam o confisco das grandes propriedades, o controle das indústrias pelos operários e a saída da Rússia da guerra. Graças ao controle cada vez maior que exerciam sobre os sovietes de operários e soldados, sua força crescia continuamente. Seus dois principais líderes eram Vladimir Lenin e Leon Trotski.
* Os mencheviques - minoria, em russo -, que, embora contrários à guerra, não admitiam a derrota da Rússia. Divididos internamente e indecisos quanto aos rumos que o país deveria tomar, foram perdendo importância política.
 
A tomada do poder
Em 07 de novembro de 1917, as forças bolcheviques, constituídas por soldados e operários armados tomaram o poder. Além disso foram eliminados os latifúndios, declarado o monopólio estatal do sistema financeiro e do sistema de crédito e das exportações. Estava formado o primeiro estado socialista.
A partir de agosto de 1917, os bolcheviques passaram a dominar os principais sovietes e a preparar a revolução.
No soviete Petrogrado, novo nome de São Petersburgo, foi constituído o Comitê Militar para a Realização da Revolução.
Sob o comando de Trotski, no dia 25 de outubro, os bolcheviques ocuparam os pontos estratégicos de Petrogrado e o Palácio do Governo. Kerenski, abandonado por suas tropas, foi obrigado a fugir.
Na manhã do dia seguinte, os sovietes da Rússia, reunidos em Congresso, confirmavam o triunfo da revolução, confiando o poder a um Conselho de Comissários do Povo. O Conselho era presidido por Lenin.
As primeiras medidas do governo revolucionário foram:
* retirada da Rússia da guerra;
* supressão das grandes propriedades rurais, confiadas agora à direção de comitês agrários;
* controle das fábricas pelos trabalhadores;
* criação do Exército Vermelho, com a finalidade de defender o socialismo contra inimigos internos e externos.
Logo depois, os bolcheviques adotaram o sistema de partido único: Partido Comunista.

A defesa da Revolução: Trotskie o exército vermelho
Após a tomada do poder pelos revolucionários, a Rússia viveu ainda três anos de guerra civil. Nesse processo, a participação de Leon Trotski, um dos mais importantes líderes da revolução, foi fundamental.
Culto e com grandes capacidades de persuasão, Trotski comunicava-se bem tanto com operários e camponeses quanto com uma platéia de intelectuais e diplomatas.
Quando irrompeu a guerra civil, a organização das tropas de defesa, o Exército Vermelho, ficou sob sua responsabilidade. Em condições extramamente precárias, com o país esgotado, recém-saído da Primeira Guerra Mundial, Trotski conseguiu formar um exército forte e eficiente.
Com o apoio popular, as tropas revolucionárias enfrentaram o Exército Branco, composto por antigos oficiais do czar e prisioneiros do exército austríaco. Além disso, enfrentaram tropas de países europeus, que temiam que a revolução socialista se espalhasse pelo continente.
 
A consolidação da Revolução Russa
Sob a direção de Lenin e com um plano que ficou conhecido como Nova Política Econômica (NEP), os bolcheviques deram início à recuperação da economia russa. Elaborada em 1921, a NEP procurou concentrar os investimentos nos setores mais importantes da economia. Entre as medidas adotadas encontravam-se:
* produção de energias e extração de matérias-primas;
* importação de técnica e de máquinas estrangeiras;
* organização do comércio e da agricultura em cooperativas;
* permissão para a volta da iniciativa privada em diversos setores da economia, como o comércio, a produção agrícola e algumas formas de atividade industrial. Todos os investimentos tinham o rígido controle do Estado, muitos deles eram feitos em empresas estatais.
Vários Estados que tinha separado da Rússia durante a revolução - como a Ucrânia - voltaram a se integrar e formaram, em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um Estado federativo composto por quinze repúblicas.
Com a morte de Lenin, em 1924, Stalin (secretário-geral do Partido Comunista) e Trotski passaram a disputar o poder. Stalin defendia a idéia de que a União Soviética deveria construir o socialismo em seu país e só depois tentar levá-lo a outros países; Trotski achava que a Revolução Socialista deveria ocorrer em todo o mundo, pois enquanto houvesse países capitalistas, o socialismo não teria condições de sobreviver isolado.
Stalin venceu a disputa. Trotski foi expulso da URSS. A União Soviética ingressou, então, na fase do planejamento econômico. Foi a época dos planos qüinqüenais, inaugurada em 1928. Os planos se sucederam a transformaram a União Soviética numa potência industrial. Contudo, a violência foi amplamente empregada pelo governo para impor sua política.

PESQUISA INDIVIDUAL . .

Federico García Lorca


O poeta Federico García Lorca nasceu na região de Granada, na Espanha, e levou para sua poesia muito da paisagem e dos costumes de sua terra natal.

Estudou direito e letras na Universidade de Granada. Seu primeiro livro foi publicado em 1918, com o título "Impressões e Paisagens". No ano seguinte, Garcia Lorca mudou-se para Madri, onde viveu até 1928. Em Madri tornou-se amigo de vários artistas, como Luis Bu?uel, Salvador Dali e Pedro Salinas. Em 1920 estreou no teatro, com a peça "O Malefício da Mariposa", e em 1921 publicou "Livro de Poemas".


García Lorca viveu dois anos em Nova York. De volta à Espanha, em 1931, criou a companhia teatral "La Barraca", que passou a se apresentar por todo país encenando autores clássicos espanhóis, como Lope de Vega e Cervantes. Tornou-se também um grande dramaturgo, e criou peças que ficaram conhecidas no mundo inteiro. Entre suas obras mais encenadas estão "Bodas de Sangue", "Yerma" e "A Casa de Bernarda Alba".


Como poeta, Lorca publicou mais de uma dezena de livros, entre eles "Romance Cigano", "Poeta em Nova York", "Seis Poemas Galegos" e "Cantares Populares". A poesia de Garcia Lorca é simples e direta, e seu estilo doce e comovente tem encantado gerações de leitores. Sua poesia tocante também registrou o modo de viver das pessoas mais simples e buscou resistir contra todo tipo de opressão.


Em 1936, ano da eclosão da Guerra Civil Espanhola, Federico García Lorca foi preso. Fuzilado por militantes franquistas, tornou-se símbolo da vítima dos regimes totalitários.

 

Guerra Civil Espanhola e Arte





Guerra Civil Espanhola, iniciada no dia 18 de julho de 1936, foi marcada, durante três anos, pelo conflito entre as forças nacionalistas de direita - que pretendiam um golpe de Estado - com os partidários da esquerda republicana, no poder na época.

Esse sangrento conflito entre as "duas Espanhas", que deixou mais de 500.000 mortos e ficou famoso em todo o mundo pelas múltiplas atrocidades ocorridas, terminou em abril de 1939, com a vitória dos direitistas comandados pelo general Francisco Franco, que impôs ao país a repressão através de uma ditadura que prosseguiu até 1975, ano de sua morte.


A Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini apoiaram os direitistas, enquanto que a União Soviética apoiou os republicanos durante o confronto, classificado atualmente por muitos como um prelúdio da Segunda Guerra Mundial.


Auxiliado pelas forças aérea alemã e italiana, o exército rebelde na África, comandado por Franco, e as forças nacionalitass do norte, dirigidas pelo general Emilio Mola, conquistaram inúmeras vitórias no caminho para Madri.


Entretanto, as forças rebeldes foram detidas por milícias ao norte da capital. A entrada na guerra em outubro, junto aos republicanos, da URSS e depois das célebres Brigadas Internacionais permitiu equilibrar temporariamente as forças.


Os dois grupos iniciaram uma guerra de posições, marcada por duras batalhas - Jarama, Belchite e Teruel - e massacres indiscriminados da população civil, especialmente em Guernica, no País Basco, arrasada pela aviação nazista em abril de 1937, com 1.600 mortos.


Pouco a pouco, o exército nacionalista, bem equipado e disciplinado, foi se impondo aos republicanos, que não foram auxiliados pelas democracias ocidentais, entre elas a França e a Inglaterra.

A última contra-ofensiva em novembro de 1939, com a derrota dos republicanos, marcou a rendição dos esquerdistas, que se renderam no dia 1o de abril de 1939. Essa derrota foi seguida de uma cruel repressão do regime de Franco, que fuzilou cerca de 50.000 republicanos.


O "Blitzkrieg" - ofensiva relâmpago com blindados - foi um dos métodos de ataque aperfeiçoados na Espanha pelas forças estrangeiras presentes no conflito, que depois foram usadas na 2ª Grande Guerra.

  

As crianças da Guernica e seus Países Adotivos 
Com a Guerra Civil, durante os anos de 1937 e 1938, mais de 35.000 crianças foram levadas para a União Soviética e México. Outros países europeus também acolheram os refugiados, entre eles, França (22.000) e Bélgica (mais de 3.000). Muitas deles nunca mais voltaram para a Espanha, mas seus depoimentos nos permitem reconstruir hoje a parte da história de uma geração que sofreu os horrores da guerra e o desarraigo.

México
- O governo republicano, transferido para Valencia, organizou desocupações infantis para o México, país que ofereceu refúgio através do seu Presidente Lázaro Cárdenas. Quase 500 mil crianças foram enviadas para a cidade de Morelia em Michoacán, alojando-se em uma escola recém equipada num prédio da igreja. A sociedade moreliana era extremamente conservadora para acolher crianças de famílias republicanas, dando lugar a uma série de conflitos. A imprensa conservadora aproveitou o momento para fazer uma campanha contra a política cardenista em relação aos refugiados espanhóis. Na década de 60, as crianças de Morelia já haviam estabelecido profundas raízes sociais e familiares no México, por isso muitas delas não voltaram para a Espanha.

Amparo Batanero: Tinha apenas 5 anos quando pegou um trem para ir ao México junto com seus irmãos em 1937. As lembranças dos primeiros anos não são muitas, mas recebia cartas de sua mãe dizendo-lhe que se comportasse e que se reuniriam em breve. Mesmo com uma dívida pendente, visitou Espanha para “conhecer” os pais e a irmã menor que tinha ficado lá. Em 1974 recebeu a nacionalidade mexicana com orgulho e agradecimento.


Unión Soviética
- A União Soviética apoiou o governo republicano desde o início da Guerra Civil e acolheu mais de 3.000 crianças, recebidas como heróis. Elas foram educadas no mais alto nível das diversas matérias para que ocupassem boas posições profissionais ao regressarem à Espanha. Mas ao final da Segunda Guerra Mundial, Espanha e União Soviética já não mantinham boas relações diplomáticas e as crianças não tiveram alternativa do que continuar a viver no local que as acolheram. A maioria que decidiu voltar ao país de origem durante a década de 50 não conseguiu se adaptar e seus diplomas acadêmicos não foram reconhecidos pelas autoridades espanholas.

Juanita Prieto: Em julho de 1937, aos 12 anos de idade, ela deixou seus pais, tios e avós para se refugiar na União Soviética. Ela estudou com professores espanhóis e com livros que eram traduzidos para que as crianças não perdessem o contato com a língua castelhana. Durante muitos anos viveu com a ilusão de voltar para Espanha, mesmo sem ter tido nenhuma notícia de familiares. Durante a década de 90, com a União Soviética devastada e sem nenhum patrimônio, transladou-se para sua terra natal onde, mesmo com as lembranças da infância, sente-se tratada como estrangeira.


Grã Bretanha
- Inicialmente, negaram acolher as crianças refugiadas por temor que o ato fosse interpretado como um apoio aos republicanos, mas a forte reação da opinião pública britânica diante o bombardeio de Guernica, forçou o governo a mudar sua decisão. 4.000 crianças foram recebidas sem nenhuma contribuição econômica ou material. Voluntários de organizações civis ocuparam-se delas em um imenso acampamento ao ar livre no sul da Inglaterra. Após o final da Guerra Civil, uma grande parte destas crianças voltaram para a Espanha.

Begonia Ballesteros: Suas lembranças da guerra são a sirenes antes dos bombardeios e a destruição. Morava em Bilbao e foi levada para a Grã Bretanha junto com sua irmã em 1937. Em 1940, quando Franco pede que as crianças refugiadas sejam devolvidas, volta para seu país sem conseguir ver os pais, em meio de perseguições e fome.


O Brasil no contexto da Guerra Civil Espanhola

A primeira pergunta que se coloca e que se mostra importante para a análise da participação brasileira no contexto da Guerra Civil Espanhola remete à questão da nossa pouca participação naquele conflito. Seria pelo fato de mantermos uma tradição histórica mais vinculada a Portugal, a razão explicativa para tanto? Uma entre outras respostas mostra a presença dominante do Estado Novo que, tendo sido gestado desde 1930, em 1937 já assumia a responsabilidade de ‘zelar’ pelo posicionamento do país, colocando-o vulnerável aos programas da esquerda.


Logicamente, num Estado como o Brasil, onde os movimentos pendulares de esquerda/direita oscilaram com freqüência e força, o efeito de situações semelhantes no exterior teria que produzir impactos. Assim mesmo, antes do estabelecimento da ditadura estadonovista, o terrorismo de direita já inibia qualquer iniciativa brasileira que se afigurasse como apoio à esquerda1. Dada a não existência expressiva de imigrantes espanhóis como noticiadores dos atos republicanos, restava à grande imprensa e às instituições comprometidas com ideários afinados com o governo motivar e controlar qualquer divulgação.


O Estado oficial brasileiro era claramente interessado em promover a versão da Guerra como ‘caos’ e ‘resultado da democracia desordenada decorrente das eleições e do regime republicano’. Nada mais oportuno que a exemplificação imediata da Espanha. Neste sentido, aliás, atuaram as máquinas propagandísticas da direita que já estavam funcionando a todo vapor desde o chamado ‘biênio negro’ espanhol (1934-36).


Na mesma linha, todo um serviço ‘saneador’ de propaganda insistia, sobretudo através do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), na mesma tecla. Isto valia para a política autoritária brasileira como um sinônimo da vontade governante, acima da Constituição e dos direitos civis suspensos em 1930 e, depois, em 1934, e novamente em 1937. Elaborou-se, então, no Brasil uma engenharia noticiosa que reorganizou as informações, instruindo-as com teor ideológico, montada para fomentar a idéia de que as esquerdas, em qualquer lugar do mundo, eram inconseqüentes e desastrosas. Assim, as notícias da Guerra Civil Espanhola tiveram um efeito de eco para mostrar a oposição como incapaz e destruidora da ordem e do progresso.


Depois de afogado o ‘movimento comunista’ do Rio de Janeiro de 1935, o ‘exemplo’ espanhol serviria para o governo brasileiro reforçar suas teses autoritárias, e, neste cenário, poderia atuar como juiz, evitando que ocorressem no Brasil os ‘desastres da Guerra Espanhola’.


Estava proibido o apoio aos republicanos. Além do governo, a grande imprensa também se situava e, logicamente, ainda que nem sempre respondendo como porta-voz único do Estado, em essência concordava com os posicionamentos da direita, mas, nos detalhes, divergia, fazendo ainda sérios ataques ao futuro ditador Getúlio Vargas.


Numa época em que os meios de comunicação internacional estavam organizados em cadeias e que o Brasil se colocava como país de certa importância no contexto econômico mundial, havia um envolvimento global interessado em mantê-lo como parte de um todo mais amplo, até em nível do noticiário. Grandes jornais, como O Estado de São Paulo, então o mais importante do país, mantinham compromisso coerente com a posição do governo no tocante ao apoio às direitas mas dentro de um projeto próprio, variante do governo. Este fato, aliás, colocou O Estado sob censura de 1939 a 1942.


Em face do posicionamento tão claro do governo central, e do controle dos órgãos noticiosos, haveria de restar aos brasileiros apenas formas alternativas de participação nos eventos espanhóis.


Na literatura brasileira, há poucos escritos a respeito do assunto e registra-se apenas um livro de memória de autoria de José Gay da Cunha,
Um brasileiro na Guerra Espanhola. Escrito sob o ponto de vista do cronista, o livro traduz muito do sentido de um militar brasileiro, defendendo fora do próprio país o que não podia fazer dentro dele.

O Estado Novo não só perseguia os simpatizantes, como também promoveu controle rígido da correspondência e da produção dos cidadãos comuns e, especialmente, dos artistas. Nesse sentido, explicam-se atitudes ‘clandestinas’ como a de intelectuais que teriam facilitado viagens para brasileiros saírem do país rumo à Espanha. Aliás, entre os pontos mais instigantes do debate sobre o envolvimento do Brasil na Guerra Civil Espanhola, está o posicionamento dos jornalistas, artistas e escritores.


Se, na superfície aparente, pouco realce eles tiveram, em profundidade nota-se que houve alguma produção que, por meio de sutilezas e riscos, permitiu vazar comentários a respeito das questões em jogo na Espanha. Uma série variada de obras e atitudes de escritores, de uma ou de outra maneira, trouxeram a Espanha ao conhecimento público. Num ambiente de censura, logicamente, estas "notícias" não foram óbvias nem sem camuflagens. Também não surgiram imediatamente nem sem contornos, às vezes de difícil captação.


Com os jornais censurados, com o controle da produção artística exercido pelo Estado que atuava diretamente no resultado dos trabalhos, restava aos intelectuais a imaginação para materializar formas de solidariedade. A poesia foi o gênero mais freqüentado pelos artistas que se manifestaram a favor da Espanha republicana. Logicamente, o espaço da oposição se fazia mais importante, porque significava um duplo protesto: protesto contra a ditadura brasileira e oposição ao fascismo.





Em 1956, Jorge Amado abria a trilogia Subterrâneos da Liberdade com uma sintomática evocação a García Lorca (Buscaba el amanecer y el amanecer no era). O conjunto dos livros narra as aventuras de partidários comunistas no Brasil, e, especialmente, o segundo volume (Agonia da Noite), ocupa-se da relação direta entre os marinheiros do porto de Santos e a recusa em transportar café para a Espanha de Franco. Não fosse o largo espaço do livro ocupado para a discussão da problemática espanhola, o texto quase que passaria sem significado para a história, mas os detalhes chegam a impor certa atenção de quem lê sob a hipótese da discussão da problemática internacional.

Na linha das histórias curtas, ou contos, pelo menos uma merece destaque, não pela qualidade estética e sim pela originalidade do contexto. Trata-se de um conto de Guido Guerra, escritor baiano que relata as aventuras de um filho e de seu pai espanhol, Manolo, que sendo antifranquista, em terras brasileiras, detrata Franco.


Um dos itens mais interessantes da resistência de segmentos intelectuais brasileiros transparece nas páginas da Revista Acadêmica, inaugurada em 1933, no Rio de Janeiro. Esta empresa reunia os modernistas brasileiros para divulgar idéias e trabalhos atualizados. Faziam parte deste grupo pessoas como Mário de Andrade, Alvaro Moreira, Artur Ramos Aníbal Machado, Cândido Portinari, Santa Rosa, Jorge Amado, Sérgio Milliet e José Lins do Rego.


O secretário de redação era Murilo Miranda e a Revista deveria ser mensal. Sabe-se que esta publicação durou de 1933 a 1945, tendo colocado a público 66 números. Indubitavelmente, a Revista tinha em mente a orientação da intelectualidade local em face dos problemas políticos que atormentavam a Europa dividida entre esquerda e direita. Depois de 1937, a presença da Guerra Civil Espanhola passa a chamar a atenção, e de uma média de quinze artigos publicados por número, houve casos de sete serem sobre aquele evento.


Os textos, em geral, em obediência a uma estratégia ‘clássica’, eram traduçoes de intelectuais renomados internacionalmente (Gorki, Malroux, Gide, Lorca, Thomas Mann). Interessante notar que se alguns dos membros do corpo editorial eram comunistas (Graciliano, Jorge Amado, Santa Rosa e Portinari), outros não o eram. Enfatizava-se, com vigor, nestes artigos, a quebra da legalidade e o respeito à democracia.


Convém lembrar que nem só de oposição eram alimentados os argumentos que discutiam a Espanha. No caso dos aliados de Franco, um importante texto fora publicado pela "Bibliotheca da Intelligencia a Serviço dum Christianismo Racional", sob o título
Espanha em Sangue: o que vi e sofri. O autor, o jornalista Soares d’Azevedo, que estava na Espanha por ocasião do início da Guerra, na defesa irrestrita do Catolicismo divulgava o caos, motivado pelos sem crenças.

O debate sobre a Guerra Civil Espanhola, seus efeitos e envolvimentos brasileiros, convida a supor que houve níveis de comprometimento. Em primeiro lugar, considera-se os limites da participação brasileira submetida ao totalitarismo da ditadura varguista. Por outro lado, é importante ressaltar a existência de sintonia com a problemática internacional, manifestada, por exemplo através da participação dos judeus brasileiros que procuravam, como os comunistas, afastar o fantasma do fascismo. Igualmente representativo é o papel democratizante que assumia parcela do Exército brasileiro, que no tempo abrigava uma representativa e atuante ala de esquerda. Vale assinalar que a Guerra Civil Espanhola serviu como metáfora para a provocação do grande debate nacional em torno da democracia e de suas viabilidades brasileiras.

Tratado de Versalhes


Tratado de Versalhes foi um tratado de paz que determinou os termos de paz na Europa pondo fim oficialmente à Primeira Guerra Mundial. A data de sua assinatura é 28 de junho de 1919 e teve lugar na cidade de Versalhes, antiga residência do monarca da França. Além do acerto da paz entre os beligerantes, este documento abordava também a criação da Liga das Nações, organização destinada a promover a paz e a prevenir conflitos entre seus membros.
O tratado foi negociado durante cerca de seis meses de deliberações, contados a partir do armistício de novembro de 1918, que pôs fim aos combates propriamente ditos. O ponto principal do tratado estipulava que a Alemanha seria apontada como a responsável pelo início da guerra, e assim sendo, deveria cumprir uma série de reparações destinadas aos integrantes da Tríplice Entente, o nome da coalização adversária de Alemanha e seus aliados. Entre tais reparações estava a obrigação de ceder partes de seu território aos países fronteiriços, perda de seu império colonial na África, Ásia e no Pacífico, a ser dividido entre os vencedores do conflito, além de diminuição do exército, cessão de exploração de recursos econômicos de regiões estratégicas do país, além de uma soma absurda de indenizações a ser paga.

A assinatura de um tratado tão severo causou choque e imensa desilusão na Alemanha. A população em geral descrevia como humilhação e desonra a aceitação por parte de seu próprio governo de tão severas e opressivas condições, sem ao menos um maior esforço em conduzir negociações de paz mais detalhadas ou planejadas. Claro, que ante tal clima de revolta, não faltaram os protestos e turbulências de ordem político-social ameaçando a própria estrutura do país.
É consenso entre a maioria dos historiadores que, nas exigências exacerbadas do Tratado de Versalhes podemos encontrar as sementes da Segunda Guerra Mundial, pois, uma nação humilhada e aparentemente sem rumo como a Alemanha foi claramente presa fácil de uma doutrina heterodoxa, autoritária e delirante como a do Nazi-facismo.
Além disso, é creditado ao Tratado de Versalhes uma série de desarranjos e focos de crise, como por exemplo, o conflito entre israelenses e árabes, que não aceitam as decisões do tratado com respeito ao delineamento de suas respectivas fronteiras, resultado da divisão das áreas do então extinto Império Otomano.
A questão dos curdos também deve muito a Versalhes, pois foi-lhes prometido direito à autodeterminação, a qual este povo ainda aguarda. Até países distantes do conflito como Ruanda e Burundi devem sua existência ao Tratado de Versalhes, pois foram desmembrados da antiga colônia alemã da África Oriental e entregues à administração belga.


Fascismo



Fascismo é a denominação que se dá ao regime político que surgiu na Europa entre 1919 e 1945, portanto, no intercurso das duas grandes guerras mundiais (I Guerra Mundial e II Guerra Mundial). É considerado um regime de direita e suas características básicas são: o totalitarismo, o nacionalismo, o idealismo e o militarismo.

De modo geral o fascismo é identificado como o regime implantado por Benito Mussolini na Itália no período do pós-guerra. Contudo, ainda que a Itália seja o berço dessa ideologia, a Europa viveu sob ameaça de expansão deste regime durante toda a década de 1930. O fenômeno fascista estendeu-se para outros países europeus como Espanha (Francisco Franco), Portugal (Salazar), entre outros.

Os italianos eram um povo que possuía um extremo sentimento de nacionalismo. Sua identidade enquanto nação era determinada pela unidade de raça, língua, cultura e território. Este sentimento de nacionalidade foi profundamente atingido – no período do pós-guerra – pelo não cumprimento integral das promessas por parte dos Aliados da guerra. A I Guerra Mundial trouxera conseqüências desastrosas para a Itália, o país encontrava destroçado e os Aliados recusaram-se a cumprir os acordos feitos. Os italianos sentiram-se humilhados e foi deste sentimento de nacionalismo ferido que se estruturou na Itália o regime fascista.

Em meio às agitações do período, provocadas pela profunda crise econômica que a Itália vivia – situação que se agravava pelas greves e manifestações de trabalhadores insatisfeitos – Benito Mussolini, antigo agitador social, é convocado para chefiar o país. Encarregado de organizar um novo gabinete Mussolini dissolveu partidos de oposição e assumiu o comando do país.

Apesar de ter origem oficialmente em 1919, o fascismo torna-se conhecido a partir de 1922, quando Mussolini chega ao poder. Um mês depois de assumir o comando do estado italiano, o Parlamento lhe concederia plenos poderes enquanto governo. Benito Mussolini baseou o Estado fascista no corporativismo, no intervencionismo econômico por parte do Estado e também no expansionismo militarista. Mussolini permaneceu no poder até 1943. Foram, portanto, 21 anos de governo sob o regime fascista, resumido por Benito Mussolini da seguinte forma: “Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.


Nazismo


Após a derrota na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes, em 1919. De acordo com seus termos, o país perdeu grande parte de seu território, além de sofrer fortes restrições no campo militar. Foi proibida de desenvolver uma indústria bélica, de exigir o serviço militar obrigatório e de possuir um exército superior a cem mil homens. Para piorar, deveria pagar aos aliados uma vultosa indenização pelos danos provocados pelo conflito.

O Tratado de Versalhes foi considerado humilhante pelos alemães e vigorou sobre um país arrasado e caótico, tanto no aspecto político quanto no econômico. O período de crise estendeu-se de 1919 a 1933. Nesse panorama conturbado, o nazismo surgiu e se fortaleceu. Aos poucos, chegou ao governo do país, impondo-lhe uma ditadura baseada no militarismo e no terror.

Uma república desastrosa
Diante da eminente derrota para os aliados, na Primeira Guerra, o imperador alemão, Guilherme 2º, abdicou ao trono no final de 1918. Em 9 de novembro, foi proclamada a República na Alemanha. Estabeleceu-se um governo provisório, liderado pelo Partido Social-Democrata, que assinou a paz com as outras nações e convocou eleições para uma Assembléia Nacional Constituinte.

Entretanto, chefiados por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, os comunistas alemães viam na crise uma oportunidade de tomar o poder, por meio de uma rebelião. Porém, o governo e as forças armadas acabaram sufocando o levante, cujos líderes foram mortos. Nem por isso, o governo republicano deixou de enfrentar uma oposição de esquerda e de direita, na medida em que era incapaz de lidar com a precária economia alemã, que sofria uma terrível escalada hiperinflacionária.

A sociedade alemã empobrecia cada vez mais. Isso apenas fazia aumentar a tensão social e política, já muito grande. Em novembro de 1923, o marco alemão estava tão desvalorizado, que um único dólar equivalia a 4 bilhões e 200 milhões de marcos.

Inflação na Alemanha pós-guerra
O Partido Nacional-Socialista foi fundado, em 1920, por Adolf Hitler, um antigo cabo do exército alemão, de origem austríaca. Defendia exagerados ideais nacionalistas, que também se misturavam ao militarismo. Nos primeiros momentos, o grupo era inexpressivo. Reunia inconformados com a derrota alemã e os que não acreditavam no regime republicano.

Em 1923, aproveitando-se dos níveis estratrosféricos da hiperinflação, Hitler e seus correligionários decidiram seguir o exemplo dos comunistas, organizando uma revolta armada na cidade de Munique. Tal como o levante socialista de 1918, porém, o golpe nazista fracassou e Hitler foi preso. Permaneceu na cadeia durante oito meses. Nesse tempo, passou suas idéias para o papel, com o auxílio de Rudolf Hess, um companheiro de partido. Assim surgiu o livro "Minha Luta" ("Mein Kampf"), que se transformaria numa espécie de Bíblia da Alemanha nazista.

Ilusões demagógicas de Hitler
Entre 1924 e 1929 as idéias de Hitler não encontraram eco na sociedade alemã. O nacional-socialismo só viria a obter respaldo popular após o advento da grande depressão mundial em 1929. Então, a já combalida economia da Alemanha entrou em colapso, com a falência de milhares de empresas, o que elevou para 6 milhões o número de desempregados.

O desespero gerado pela miséria e a incerteza quanto ao futuro, a facilidade humana de acreditar na demagogia e nas soluções autoritárias, a necessidade de resgatar a autoestima nacional depois das humilhações do Tratado de Versalhes foram alguns dos fatores que fizeram da Alemanha um terreno fértil a ser semeado pelos nazistas. O discurso de um líder carismático como Adolf Hitler oferecia segurança e a perspectiva de melhores dias, com promessas e ilusões demagógicas.

Além da classe média, dos camponeses e do operariado em desespero, as Forças Armadas também se identificavam com as posições nacionalistas de Hitler. Os grandes capitalistas alemães, por sua vez, acharam conveniente financiar os nazistas, que aparentavam protegê-los da ameaça comunista. Assim, de 1930 a 1932, o número de deputados do Partido Nazista no Parlamento alemão passou de 170 para 230.

Adolf Hitler e o início do 3º Reich
No Parlamento, o próprio Hitler que se mostrou competente no plano das negociações políticas. Desse modo, a 30 de janeiro de 1933, o líder nacional-socialista foi nomeado Chanceler, ou Primeiro-Ministro, o principal cargo executivo da República alemã. Popularmente, já era chamado de "Führer" (condutor). Tinha início o que os nazistas chamavam de III Reich (Terceiro Império), designação que se refere ao Sacro Império Germânico, da Idade Média, e ao Segundo Império, que se estendeu da Unificação dos Estados germânicos, em 1871, à República, em 1918.

Capitalismo



Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.
 Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo 
Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiárias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

Segunda Fase: Capitalismo Industrial 
No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.
O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato. 
Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.

Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro 
Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.
Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.