1ª Guerra Mundial
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século
XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países
estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África,
ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado
de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam
explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser
considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência
comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados
consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as
nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo.
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do
império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As
investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos
Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o
final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram.
De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império
Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do
outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França,
Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de
batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas
tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os
homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas
como empregadas. Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância :
a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice
Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com
Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da
Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o
Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A
Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a
região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia
Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O
Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da
Segunda Guerra Mundial.
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século
XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países
estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África,
ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado
de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam
explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser
considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência
comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados
consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as
nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo.
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do
império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As
investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos
Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o
final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram.
De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império
Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do
outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França,
Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de
batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas
tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os
homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas
como empregadas. Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância :
a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice
Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com
Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da
Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o
Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A
Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a
região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia
Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O
Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da
Segunda Guerra Mundial.
2ª Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos.
Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se
iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica
no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma
das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a
industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e
equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios
para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos
expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes
características militares e com planos de conquistas elaborados em comum
acordo.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão de Hitler
invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à
Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época,
formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e
Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte
Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de
25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante
vitória ao lado dos Aliados que sagraram-se vitoriosos no conflito.
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a
rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de
rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou
bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação
desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses
inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Conflitos Atuais
África
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas
variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente
étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola,
Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito freqüentes na África
Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século,
estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação em
face de poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia
majoritária.
Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que dilacerou
completamente o país. Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e
produziu cerca de 700 mil refugiados. Cifra semelhante pode ser verificada na
vizinha Serra Leoa. A situação não é muito diferente em países como o Chade ou
Sudão. Enfim, são vários e vários conflitos sem perspectivas imediatas de
pacificação. Acordos e negociações têm sido tentados, mas sem muito sucesso.
Talvez Angola possa se transformar numa exceção, face a mais uma tentativa de paz
(a última?) acordada entre o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), no
governo, e o seu arquirival, a União Total para a Libertação de Angola (UNITA),
organização que durante muitos anos recebeu apoio dos EUA e do criminoso regime
do apartheid sul-africano.
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos.
Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se
iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica
no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma
das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a
industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e
equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios
para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos
expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes
características militares e com planos de conquistas elaborados em comum
acordo.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão de Hitler
invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à
Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época,
formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e
Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte
Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de
25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante
vitória ao lado dos Aliados que sagraram-se vitoriosos no conflito.
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a
rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de
rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou
bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação
desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses
inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Conflitos Atuais
África
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas
variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente
étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola,
Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito freqüentes na África
Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século,
estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação em
face de poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia
majoritária.
Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que dilacerou
completamente o país. Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e
produziu cerca de 700 mil refugiados. Cifra semelhante pode ser verificada na
vizinha Serra Leoa. A situação não é muito diferente em países como o Chade ou
Sudão. Enfim, são vários e vários conflitos sem perspectivas imediatas de
pacificação. Acordos e negociações têm sido tentados, mas sem muito sucesso.
Talvez Angola possa se transformar numa exceção, face a mais uma tentativa de paz
(a última?) acordada entre o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), no
governo, e o seu arquirival, a União Total para a Libertação de Angola (UNITA),
organização que durante muitos anos recebeu apoio dos EUA e do criminoso regime
do apartheid sul-africano.
Nacionalismos Europeus
Frequentemente a Europa nos é apresentada como uma região de grande
estabilidade política a um passo da integração supranacional. Os conflitos
territoriais e étnicos da ex-União soviética e da ex-Iugoslávia, seriam, por si sós,
suficientes para desmistificar a tese de que as reivindicações separatistas e
irredentistas estão circunscritas à região do chamado Terceiro Mundo. Mas não é
somente nestas ex-repúblicas que ocorrem manifestações independentistas. Na sua
parte ocidental, não são poucas as nações que, sem dispor de um Estado
constituído, enveredam pelo caminho da luta pelo direito à autodeterminação e à
independência.
O projeto da União Européia(UE), bloco internacional de poder contraposto aos
seus concorrentes da América do Norte e da Ásia, vem esbarrando cada vez mais
com a revitalização de antigas reivindicações autonomistas e independentistas, a
par da emergência de novos movimentos nacionalistas. Apesar dos esforços
estatais em direção a uma futura união política da Europa (Euronação),
subsequentemente a união econômica e monetária em curso, ressurgem, com vigor,
movimentos nacionais em defesa da identidade social e cultural de diferentes povos
e nações.
São inúmeros os movimentos nacionalistas que surgiram (ou ressurgiram) na
Europa nos últimos anos. A sua maioria está sustentada por pressupostos
ideológicos progressistas, mas não estão excluídas pequenas formações de corte
fascista e xenófobo. Felizmente, esta tendência é minoritária e praticamente nula
nos principais movimentos nacionalistas e independentistas.
As farc
Organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária
marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas
deguerrilhas. Lutam pela implantação do socialismo naColombia. As FARC são
consideradas organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos
Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos de outros países
latino-americanos governados por presidentes de esquerda, como Equador[8],
Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O presidente
Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou
à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas
enquanto “força beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a
renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra.
Afeganistão
A invasão soviética aconteceu em 1979, ocasionando um boicote ocidental dos
Jogos Olímpicos e o financiamento de grupos radicais armados islâmicos pelos
Estados Unidos da América. Os Mujahaidin eventualmente conseguiram forçar a
retirada dos soviéticos, no que constitui a mais humilhante derrota militar soviética
e um fator considerável na dissolução do comunismo soviético.
Mais recentemente, a invasão estado-unidense de 2001 foi uma alegada tentativa de
capturar Osama bin Laden, o terrorista acusado pelo governo dos Estados Unidos
dos ataques de 11 de Setembro. Apesar dos EUA não terem capturado bin Laden,
conseguiram destituir o governo islamista radical dos Taliban. Os líderes Taliban
sobrevivem escondidos, e, com outras facções, mantêm a situação instável no
Afeganistão com ataques terroristas esporádicos e tomada de reféns.
Frequentemente a Europa nos é apresentada como uma região de grande
estabilidade política a um passo da integração supranacional. Os conflitos
territoriais e étnicos da ex-União soviética e da ex-Iugoslávia, seriam, por si sós,
suficientes para desmistificar a tese de que as reivindicações separatistas e
irredentistas estão circunscritas à região do chamado Terceiro Mundo. Mas não é
somente nestas ex-repúblicas que ocorrem manifestações independentistas. Na sua
parte ocidental, não são poucas as nações que, sem dispor de um Estado
constituído, enveredam pelo caminho da luta pelo direito à autodeterminação e à
independência.
O projeto da União Européia(UE), bloco internacional de poder contraposto aos
seus concorrentes da América do Norte e da Ásia, vem esbarrando cada vez mais
com a revitalização de antigas reivindicações autonomistas e independentistas, a
par da emergência de novos movimentos nacionalistas. Apesar dos esforços
estatais em direção a uma futura união política da Europa (Euronação),
subsequentemente a união econômica e monetária em curso, ressurgem, com vigor,
movimentos nacionais em defesa da identidade social e cultural de diferentes povos
e nações.
São inúmeros os movimentos nacionalistas que surgiram (ou ressurgiram) na
Europa nos últimos anos. A sua maioria está sustentada por pressupostos
ideológicos progressistas, mas não estão excluídas pequenas formações de corte
fascista e xenófobo. Felizmente, esta tendência é minoritária e praticamente nula
nos principais movimentos nacionalistas e independentistas.
As farc
Organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária
marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas
deguerrilhas. Lutam pela implantação do socialismo naColombia. As FARC são
consideradas organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos
Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos de outros países
latino-americanos governados por presidentes de esquerda, como Equador[8],
Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O presidente
Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou
à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas
enquanto “força beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a
renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra.
Afeganistão
A invasão soviética aconteceu em 1979, ocasionando um boicote ocidental dos
Jogos Olímpicos e o financiamento de grupos radicais armados islâmicos pelos
Estados Unidos da América. Os Mujahaidin eventualmente conseguiram forçar a
retirada dos soviéticos, no que constitui a mais humilhante derrota militar soviética
e um fator considerável na dissolução do comunismo soviético.
Mais recentemente, a invasão estado-unidense de 2001 foi uma alegada tentativa de
capturar Osama bin Laden, o terrorista acusado pelo governo dos Estados Unidos
dos ataques de 11 de Setembro. Apesar dos EUA não terem capturado bin Laden,
conseguiram destituir o governo islamista radical dos Taliban. Os líderes Taliban
sobrevivem escondidos, e, com outras facções, mantêm a situação instável no
Afeganistão com ataques terroristas esporádicos e tomada de reféns.
Há duas décadas, os Estados Unidos tentavam se aliar a Saddam Hussein; na década
passada, erguiam uma coalizão com 33 países para destruí-lo. Assim, uma relação
que começou com perspectivas de ampla cooperação e proximidade política tornouse
o principal confronto internacional dos dias atuais. Os americanos tentaram
encerrar o ciclo em 2003, com Saddam derrotado e seus militares a cargo da
reconstrução do país.
A aproximação entre EUA e Iraque na década de 80 foi idealizada pelo governo de
Ronald Reagan e seu vice, George Bush. Na avaliação deles, o Iraque e seu novo
líder Saddam poderiam simbolizar um novo tipo de estado árabe, moderado e
alinhado com o Ocidente. Os americanos colaboraram com o Iraque na guerra
contra o vizinho Irã, país que viu radicais islâmicos anti-EUA tomarem o poder.
Na metade da década de 80, Reagan enviou um de seus aliados políticos, Donald
Rumsfeld, para Bagdá. Sua missão era conversar com Saddam e melhorar a relação
entre os países. Alguns anos depois, Rumsfeld fazia parte de equipe de governo que
participou da Guerra do Golfo. Em 2002, como secretário de Defesa, tornou-se um
dos principais defensores da nova guerra contra Saddam, que culminou mais tarde
com sua captura, julgamento e execução.
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